Agenda sua consulta
Agende sua Consulta

Programação - Jornada de Saúde Mental 2018 | Holiste Psiquiatria

jornada-programacao

“Abordagens Terapêuticas no tratamento dos Transtornos Mentais” é o tema da Jornada de Saúde Mental que acontece nos dias 19 e 20 de outubro em Salvador, reunindo 16 profissionais da área da saúde mental para abordar questões relacionadas ao trabalho multidisciplinar no tratamento dos transtornos mentais.

Serão dois dias de palestras para um público de mais de 250 estudantes e profissionais da área. O evento destaca o papel de práticas como Psicologia, Psicanalise, Psicopedagogia, Terapia Ocupacional, Nutrição e Acompanhante Terapêutico no tratamento dos Transtornos Mentais.

SAIBA MAIS NO SITE DO EVENTO: JORNADA-SAUDE-MENTAL.COM.BR

Confira a programação da Jornada de Saúde Mental.

 

19 de outubro

9h – AMBIENTOTERAPIA NA INTERNAÇÃO PSIQUIÁTRICA

Ueliton Pereira, psicólogo e diretor técnico da Holiste Psiquiatria

“O tratamento de transtornos mentais não envolve simplesmente um processo de diagnóstico e cura. Passa por todo um processo que vai do acolhimento, da interação da equipe, dos vínculos terapêuticos e Institucionais, bem como, da inserção e responsabilização da família no tratamento. A reunião de todos esses elementos contribui para formulação da ambientoterapia.

Na internação psiquiátrica, a ambientoterapia envolve todos os elementos do ambiente da Instituição que tenham algum impacto sobre o paciente, entre os quais valoriza as rotinas da vida diária, visando oferecer possibilidades de relações humanas novas e mais adequadas. Esta filosofia de atendimento é baseada na valorização da importância das relações humanas que ofereçam a possibilidade de contato humano com respeito e afeto e que seja solidário e democrático”.

 

9h30 – LAÇO SOCIAL E SINTOMA – DESAFIOS DA RESIDÊNCIA TERAPÊUTICA

Caroline Severo, psicóloga e coordenadora da Residência Terapêutica da Holiste

“O caminho da reinserção social dos pacientes cronificados não é uma trajetória fácil. Ele se esbarra não só nos “muros institucionais”, mas também nos “muros mentais”. Na maior parte dos casos, esses pacientes estão mais ligados a uma realidade e estrutura voltada para o seu processo de adoecimento. A proposta de novas inserções se faz necessária para que esse paciente retome o lugar de sujeito.

O trabalho da Residência Terapêutica se constitui como um espaço de moradia visando a reinserção desse sujeito diante das variadas instâncias coletivas, sem perder o olhar clínico sobre o sintoma de cada um. O debate sobre laço social e sintoma: desafios da Residência Terapêutica discutirá possíveis remodelagens da relação que os moradores estabelecem com o mundo”.

 

10h – INTERVALO

 

10h30 – O TERRITÓRIO TERAPÊUTICO E O HOSPITAL DIA

Lívia Brandão, terapeuta ocupacional e coordenadora do Holiste Dia

“A vizinhança, o comércio, o bairro… todos esses elementos fazem parte de um território que pode ser abordado como ferramenta terapêutica no trabalho com pessoas que lidam com limitações impostas pela doença mental.

O trabalho realizado dentro da instituição ocorre em um espaço protegido a partir dos grupos e das relações que se estabelecem.  O conceito de território terapêutico amplia e complementa o plano terapêutico, trazendo as possibilidades e riquezas das interações inusitadas – e necessárias – de um contexto social para além dos muros”.

 

11h às 12h – MESA REDONDA – ESTRATÉGIAS DE CUIDADO

Ueliton Pereira, Caroline Severo e Livia Brandão respondem perguntas da plateia.

 

14h – DESAFIOS DE UM BRASIL GRISALHO

Michelle Campos, terapeuta ocupacional, gerontóloga e coordenadora do Núcleo de Saúde Mental da Holiste

“Diante do cenário do envelhecimento de nossa população, nós – profissionais da área de saúde – temos a necessidade de uma maior compreensão do processo e das singularidades do idoso, para atender essa nova demanda crescente. 

Além disso, é preciso ter em mente que a questão não é viver mais e sim viver com qualidade.  O desafio é desenvolver cuidados, para esta população, que levem em consideração as diferentes maneiras de envelhecer. A adoção de práticas e intervenções que contemplem a promoção, prevenção e à reabilitação do idoso. Assim como atividades que mantenham os ativos e que possibilitem maior autonomia e independência”.

 

14h30 – SEMPRE HÁ TEMPO PARA O CUIDADO

Raissa Silveira, psicóloga

“Mudanças no corpo, sexualidade, inversão de papéis, autonomia, proximidade com o final da vida são aspectos do processo de envelhecimento que estão postos para todos, mas que serão experienciados por cada indivíduo de forma bastante singular, e é isso que deve ser considerado na direção do tratamento. Assim, a psicoterapia torna-se um espaço de escuta que dilui padrões de velhice que podem provocar um apagamento do sujeito e uma autocobrança martirizante por uma velhice ideal.

Pensar que psicoterapia para idosos não é válido é uma ideia muito equivocada.  Não é a idade que impede ou não o tratamento, mas sim a relação que o sujeito tem com o seu sintoma e o desejo dele desprender-se”.

 

15h – INTERVALO

 

15h30 – SOBRE A CLÍNICA COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Daniela Araújo, psicóloga, mestre em psicanálise e coordenadora do Núcleo InfantoJuvenil da Holiste

 

16h – AS DORES DO APRENDIZADO

Nadja Pinho, psicopedagoga

“Nosso campo de atuação é a aprendizagem.  E nossa primeira lição é entender que as pessoas aprendem de forma diferente. Não se trata de um processo linear ou homogêneo, e isso deve ser respeitado.  Principalmente nos casos de crianças e adolescentes que têm transtornos de aprendizagem. Nesses casos, o processo pode ser algo doloroso, trazendo diversos desafios.  E não raro, pode ser gatilho crises de ansiedade, depressão ou até mesmo bullying.

O trabalho começa em tentar entender porque aquela criança ou adolescente está lá, a partir daí o profissional inicia o planejamento terapêutico para definir como mediador no processo de aprendizagem”.

 

16h30 às 17h30 – MESA REDONDA – NA LINHA DA VIDA

Michelle Campos, Raissa Silveira, Daniela Araújo e Nadja Pinho respondem perguntas da plateia.

 

20 de outubro

9h – FULANO É BIPOLAR

André Dória, psicólogo, mestre em psicologia, coordenador do programa de tratamento do Transtorno Bipolar da Holiste

“Da teoria dos humores de Hipócrates na Grécia antiga, passando pelo conceito de psicose maniaco depressiva no final do século XIX e chegando aos conceitos atuais de transtorno bipolar e espectro do humor. 

A alternância entre períodos de depressão e euforia é um fenômeno bastante antigo e estudado no campo das psicopatologias. A noção de espectro do humor aumentou significativamente o número de pessoas que são encaixadas, ou encaixotadas, no diagnóstico de transtorno bipolar. A questão que surge é: para além dos casos claros de alternância entre depressão e mania, o que a banalização da bipolaridade pode nos dizer sobre o mal estar psíquico nos tempos de hoje?”

 

9h30 – A DEPRESSÃO E OS EXTRAVIOS DO DESEJO

Ethel Poll, psicóloga, especialista em Teoria da Clínica Psicanalítica

 

10h – INTERVALO

 

10h30 – A ANSIEDADE NOS REPRESENTA?

Cláudio Melo, psicólogo, especialista em Saúde Mental Coletiva

 

11h – COMPORTAMENTOS DEPENDENTES

Pablo Sauce, psicólogo, especialista em Saúde Mental Coletiva e coordenador do programa de Dependência Química da Holiste

“Podemos considerar que determinado comportamento torna-se patológico, ou no mínimo problemático, quando deixa de ser egosintônico, ou seja, quando alguém não consegue continuar realizando o mesmo comportamento e ao mesmo tempo, paradoxalmente, não consegue parar de realizá-lo. É nesse impasse que dito comportamento pode virar um transtorno, para si ou para terceiros.

O problema da dependência, seja esta qual for, envolve a dimensão do prazer; da possibilidade ou não de ter acesso ao prazer. É nesse campo, com suas regras próprias, que se joga a partida, inclusive a do tratamento”.

 

11h30 às 12h30 – MESA REDONDA – OS RÓTULOS E A SUBJETIVIDADE

André Dória, Ethel Poll, Cláudio Melo e Pablo Sauce respondem perguntas da plateia.

 

14h –ENCONTRO NO COTIDIANO, UMA PRÁTICA EM MOVIMENTO

Isabel Castelo Branco, acompanhante terapêutico e coordenadora da Residência Terapêutica da Holiste.

“Acompanhamento Terapêutico é uma estratégia de cuidado clínico que visa promover a autonomia e a reinserção social, bem como uma melhora na organização subjetiva do paciente, por meio da ampliação da circulação e da apropriação de espaços públicos e privados.

Mas não se trata apenas de passar o tempo, mas de resgatar a sua estrutura funcional  enquanto cidadão, estruturar relações entre espaço e tempo; redescobrir interesses pessoais; levar à construção de um projeto de vida; reconstruir sua rotina afim de permitir a criação de tarefas e relações com seu entorno; incentivar a formação de grupos que lhe assegurem um lugar e a experiência de compartilhar objetivos”.

 

14h30 – A MELHORA DO DIA A DIA

Itatiara Xavier, terapeuta ocupacional

“O cotidiano é cheio de tarefas, afazeres, funções, ritmos e rotinas e todos esses elementos ganha um novo significado e dimensão quando temos interrupções acometimentos ou agravamentos por um transtorno mental.

Para estar diante destes novos contextos serão necessários uma serie de adaptações, organizações e reorganizações para manter a autonomia e a dinâmica que a vida e seus papeis ocupacionais nos exige. Neste momento a importância do acompanhamento do terapeuta ocupacional se faz necessário para se dedicar aos processos que se constroem no cotidiano e nas atividades da vida diária. Sendo assim, a terapeuta ocupacional com seu conhecimento e seu núcleo de atuação pode qualificar, ressignificar, redimensionar e adaptar esse cotidiano, sempre buscando autonomia a independência e favorecendo a funcionalidade dos sujeitos que tiveram as suas ações cotidianas limitadas pelo adoecimento mental”.

 

15h – INTERVALO

 

15h30 – NOVAS SUBJETIVIDADES, NOVOS SINTOMAS: NOVA CLÍNICA?

Rogério Barros, psicólogo, doutor e mestre em psicologia

 

16h – OS IMPASSES DO CORPO E O LAÇO SOCIAL POSSÍVEL

Marcelo Magnelli, psicólogo, especialista em psicanalise de orientação Lacaniana

 

16h30 – ATENÇÃO, NUTRIÇÃO E CUIDADO

Joyce Souza, nutricionista, especialista em saúde mental

A preocupação com a imagem corporal e transtornos alimentares andam de “mãos dadas”. Muitas vezes é a insatisfação com a aparência que leva alguém a concluir que a perda de peso iria melhorar a sua imagem, e fazê-la sentir-se melhor em relação a si mesma e seu corpo. Assim, fazer dietas restritivas e praticar exercícios, muitas vezes de forma exagerada, recorrer ao uso de diuréticos, laxantes, entre outros recursos são estratégias utilizadas para tentar chegar ao corpo perfeito. Estas estratégias aliadas a obsessão pela imagem servem como gatilho para o desenvolvimento de distúrbios alimentares como a anorexia, bulimia, e compulsão alimentar.

O nutricionista tem o desafio de mostrar que hábitos alimentares saudáveis contribuem para uma melhora de vida”.

17h às 18h – MESA REDONDA – UMA AMPLA ABORDAGEM

Isabel Castelo Branco, Itatiara Xavier, Rogério Barros, Marcelo Magnelli e Joyce Souza respondem perguntas da plateia.

 

TRABALHOS SELECIONADOS – APRESENTAÇÃO DE PAINÉIS

  1. O discente com necessidades especiais: Saúde Mental e relações sociais no âmbito universitário – Autora: Marilena de Souza Ribeiro
  2. Relato de experiência: Um caso sobre a importância da intersetorialidade entre a saúde e educação para a promoção de saúde mental em um instituição pública de saúde em Salvador/BA – Autora: Lais Alves Porto
  3. Atividades Expressivas realizadas por graduandos em terapia ocupacional: Colocando-se no lugar do sujeito – Autores: Marilena de Souza Ribeiro e Ellen Silva Ramos
  4. Terapia Ocupacional e dança: Favorecendo espaços de encontro para adolescentes abrigados – Autores: This Souza Santos e Heloisa Maria Bento Costa
  5. Saúde Ampliada: A prática do terapeuta ocupacional em oficina de geração de renda no contexto de saúde da família – Autores: Willams Tenório Ramos e Bruna Rosalina Rodrigues Melo
  6. A Saúde Mental dos universitários de terapia ocupacional: A cobrança do conhecimento técnico e científico frente a sua formação acadêmica – Autores: Tahis Suzarte dos Santos, Ery Karoliny Teles dos Santos e Fellype Augusto dos Santos Mello
  7. A retificação subjetiva a partir das expressões artísticas – Autora: Josefa Ferreira Cerqueira